Fazer análises clínicas é algo de normal e corrente. Apesar de haver muita gente a querer evitá-las a todo o custo, qualquer um já terá passado por esta experiência.
As análises constituem um excelente método de diagnóstico. Através delas, é possível detetar a presença de doenças ou anomalias e prevenir possíveis problemas. É por isso que, em condições de saúde normais, o ideal é fazer um check-up uma vez por ano.
Contudo, há ainda bastantes dúvidas e questões que subsistem em relação a esta matéria. Os procedimentos a adotar e os comportamentos a evitar antes dos exames costumam ser as maiores preocupações dos pacientes. A juntar a isso estão receios e fobias ligados, por exemplo, às agulhas ou à colheita de sangue.
Torna-se, assim, pertinente abordar e esclarecer algumas das principais interrogações mais frequentes.
1. Todos os exames implicam estar em jejum?
Nem todos. Aliás, o jejum é um requisito obrigatório para um pequeno número de exames médicos. Exemplos destas exceções são as seguintes:
- Lipidograma: Para verificar os níveis do colesterol e de triglicéridos;
- Ferro: Com o objetivo de diagnosticar um eventual problema de anemia;
- Coagulograma (análises de coagulação): Trata-se de um exame que é pedido, normalmente, para aferir o estado de coagulação do sangue;
- Glicemia: Para analisar o nível de açúcar (ou glicose) no sangue. Graças a este teste é possível detetar doenças como a diabetes;
- Rins (análises da função renal – ureia ou creatinina): De maneira a perceber se a função renal se encontra ou não a desempenhar o seu papel corretamente.
De qualquer forma, confirme sempre com o seu médico qual o melhor procedimento a adotar em cada caso.
2. Por que motivo se fazem análises clínicas em jejum?
Pela simples razão de que, quando ingerimos algo, os alimentos são absorvidos pela nossa corrente sanguínea. Ora, isto pode contribuir para alterar decisivamente os valores de determinadas análises, comprometendo a posterior avaliação médica.
O tempo de jejum varia em função do tipo de teste que se fizer. Pode ser de 8 ou 10 horas, que é o que se verifica nos exames aos diabetes. Há, no entanto, casos em que são necessárias 12 horas (colesterol ou triglicerídeos) ou somente 3 ou 4 horas (coagulogramas/análises de coagulação).
Tenha, portanto, atenção ao timing das suas refeições, de modo a respeitar o período de jejum exigido. De resto, desde que isto seja tido em conta, é indiferente a altura do dia em que são feitas as análises. Em princípio, não há inconveniente em fazê-las da parte da tarde, se preferir.
3. Pode beber-se água antes de efetuar testes médicos?
Sim, desde que com moderação. Manter a hidratação é fundamental, mesmo antes de realizar análises clínicas. Não se prive de beber o suficiente para satisfazer a sua saciedade ou simplesmente para tomar medicamentos. Saiba, contudo, que ingerir demasiada água pode ser prejudicial na eventualidade de serem feitas análises de teor urinário.
É desaconselhável a ingestão de outro tipo de líquidos, nomeadamente chá, café, refrigerantes ou bebidas alcoólicas. A presença de substâncias como a cafeína, a teína e o açúcar contribui para subverter um diagnóstico. Relativamente ao álcool, o que se sugere é que se abstenha de o consumir nos 3 dias anteriores ao exame.
4. A toma de medicação altera os resultados dos exames?
Sim, pode alterar. Alguns medicamentos, como os anti-inflamatórios e antibióticos, conduzem a modificações em análises de coagulação, o que não é desejável. Situação idêntica se aplica aos analgésicos e antipiréticos, que podem fazer reduzir os valores relacionados com a tiroxina (função tiroidea).
Ou seja, se estiver a tomar algum tipo de medicação, tenha o cuidado de informar o seu médico.
5. É aconselhável praticar atividade física antes de fazer análises?
Não, não é de todo aconselhável. As análises clínicas têm valores de referência ajustados às condições basais, pelo que estão preparadas para serem efetuadas nestas condições. Quer isto dizer que, nos laboratórios, está definido um padrão concreto pelo qual se avaliam as pessoas. Ao apresentar um grande desgaste físico, estará não só a fugir a esse padrão, como a distorcê-lo.
Na prática, a atividade desportiva interfere com os níveis de glicémia, da prolactina, etc. Além disso, gera um número elevado de metabólicos, tais como o ácido lático e a criatinofosfoquinase (ou CPK). Estas são mais duas razões para não realizar esforços no dia dos testes médicos.
6. A colheita de sangue costuma ser dolorosa?
Por norma, não. Este é um processo rápido e de simples execução. No máximo, o que poderá sentir é uma leve picada inicial, proveniente da introdução da agulha.
Refira-se, porém, que às vezes não é fácil realizar a colheita de sangue sem deixar uma pequena mácula. Quando as veias são finas ou a coagulação está alterada, a zona afetada pode ganhar uma cor roxa. Significa que teve um ligeiro hematoma, mas não é nada de preocupante.
Se tem fobia a sangue ou a agulhas, opte por desviar o olhar da seringa e do braço e respire fundo. Em situações destas, não tenha problemas em avisar previamente o técnico de análises clínicas. Este saberá como proceder, evitando que sinta algum tipo de indisposição ou que desmaie.
7. É necessário recolher sempre a primeira urina da manhã?
Não forçosamente, embora tal seja recomendável, pois a primeira urina do dia tende a ser a mais compacta (concentrada). O importante, ainda assim, é que quando fizer a recolha tenha estado sem urinar entre duas a quatro horas.
Convém igualmente esclarecer que, em exames de urina tipo II (exames bacteriológicos de urina), não deve ser incluído o primeiro jato. Isto porque há a possibilidade de, com ele, virem células e secreções da uretra. Este é mais um fator que ajuda a adulterar o resultado dos testes.
A recolha urinária tem de ser feita para um frasco disponibilizado pelo laboratório ou por uma farmácia. Poderá fazer a recolha em casa, desde que respeite todos os passos explicados.
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