O cancro da mama possui uma taxa de sobrevivência elevada (em Portugal, dados recentes indicam que ronda os 90%). No entanto, um tratamento eficaz tem por base um diagnóstico precoce, que vai depender muito da atenção que as mulheres prestam aos sinais que o seu corpo manifesta.
Neste artigo, vamos esclarecer as 5 dúvidas mais frequentes sobre o cancro da mama, desde o que pode estar na origem da doença, até às formas de diagnóstico e tratamento.
1. Como se desenvolve cancro da mama?
O cancro da mama tem origem num crescimento anormal de células mamárias que se alteram e formam uma massa tumoral. Quando detetado numa fase precoce, o tumor está geralmente circunscrito e pode ser removido cirurgicamente.
Nos casos em que as células tumorais já se tenham propagado para tecidos ou gânglios linfáticos das áreas circundantes, podem ser feitos tratamentos pré-cirúrgicos para reduzir a sua dimensão e aumentar as probabilidades de sucesso da intervenção.
Quando o diagnóstico de cancro da mama ocorre numa fase mais avançada, o mesmo pode já estar metastizado, ou seja, ter-se espalhado para outras partes do corpo. Nestes casos, o tratamento fica dificultado. Ainda assim, os avanços da ciência colocam em cima da mesa várias opções de procedimentos médicos.
2. Quais são os fatores de risco?
O cancro da mama é uma doença sem causa conhecida, mas existem alguns fatores que podem aumentar o risco de a vir a desenvolver.
- Idade: Na maioria dos casos, o cancro da mama surge após a menopausa, sendo a idade um fator de risco;
- Antecedentes familiares: Determinadas mutações genéticas podem estar na origem de casos de cancro da mama dentro de uma mesma família;
- Terapias hormonais de substituição: Este tipo de tratamento hormonal na menopausa (especialmente se for prolongado no tempo) pode contribuir para o aumento de probabilidade de desenvolver a doença;
- Tabagismo e consumo de álcool: Estudos sugerem que o consumo de álcool e tabaco estão relacionados com o aumento de risco de desenvolver esta e outras formas de cancro;
- Excesso de peso e sedentarismo na menopausa: O sedentarismo e a obesidade na menopausa são fatores de risco para o cancro da mama.
3. Quais os sinais de alerta a que as mulheres devem estar atentas?
Fazer exames periódicos, bem como a palpação e observação regular da mama, é um cuidado preventivo essencial para qualquer mulher. Ao identificar qualquer um destes sintomas deve procurar o seu médico:
- Aparecimento de nódulos mamários;
- Alterações injustificadas nos mamilos ou libertação de secreções;
- Dor persistente na mama ou na axila;
- Alterações na forma e tamanho da mama;
- Mudanças na textura da pele na região mamária, como vermelhidão, depressões cutâneas ou outras;
- Perda de peso repentina e inexplicável.
4. Como pode ser diagnosticado?
É fundamental que sejam feitos exames de rastreio com regularidade, antes mesmo de haver sintomas. A deteção precoce é crucial para um tratamento eficaz.
O autoexame, ou a palpação médica, destinam-se à procura de nódulos ou massas anormais no tecido mamário ou na região axilar. Formações rígidas e de contornos irregulares devem ser reportadas ao médico o quanto antes.
Existem diferentes exames auxiliares de diagnóstico para identificar, ou descartar, o cancro da mama:
- Mamografia
A mamografia é o exame mais eficaz na identificação de cancro da mama, sobretudo numa fase inicial. É um exame de raio-X que permite identificar formações cancerígenas no tecido mamário.
- Ecografia mamária
Este é um exame feito com ondas de som de alta frequência e sem recurso a radiação. Permite analisar o tecido mamário através das imagens que gera e verificar a presença e tipologia de eventuais nódulos.
- Ressonância magnética da mama
A ressonância magnética mamária ajuda a identificar e determinar o tamanho de eventuais tumores na mama e no tecido circundante.
Este exame é, geralmente, complementar à mamografia, não sendo usado como exame de rastreio isolado.
- Biópsia
A biópsia destina-se a recolher uma amostra de tecido da mama após a identificação de um tumor, para perceber se é benigno ou maligno. A amostra recolhida é analisada em laboratório para avaliar a presença de células cancerígenas.
5. O que acontece em caso de diagnóstico positivo?
Após um diagnóstico de cancro da mama, o médico pode solicitar exames complementares, de forma a elaborar o melhor plano de tratamentos. Estes podem envolver tratamento local, tratamento sistémico, ou ambos.
A primeira abordagem inclui a cirurgia (para a remoção das células cancerígenas) e um número variável de sessões de radioterapia.
O tratamento sistémico pode envolver quimioterapia, terapia hormonal e terapias dirigidas. Estes procedimentos destinam-se a controlar o cancro em todo o corpo, podendo também ajudar como método de prevenção pós-cirúrgica para evitar o reaparecimento de células cancerígenas.
Um diagnóstico precoce é uma das mais eficazes armas para lutar contra o cancro da mama. Se gostaria de ter acesso a mais conteúdos sobre esta e outras temáticas relacionadas com a sua saúde, subscreva o nosso blog!