É seguro dizer que praticamente todos já sofremos de alergias em algum momento da nossa vida. Mas determinadas pessoas desenvolvem constantemente reações alérgicas, sejam de que tipo forem. Se é uma dessas pessoas, este artigo é para si!
Acompanhe-nos à medida que descortinamos as causas e os sintomas de três alergias muito comuns e lhe explicamos o tratamento indicado. Saiba ainda se deve ou não recorrer a vacinas nestas situações.
As 3 alergias mais comuns e seu tratamento
1. Rinite
Ao nível respiratório, a rinite é uma das alergias mais comuns, não só em Portugal, onde afeta cerca de 30% da população, mas também ao redor do mundo. Em alguns casos, pode conduzir a quadros patológicos mais sérios, nomeadamente os relacionados com a asma. Mesmo que não chegue a esse ponto, a rinite pode agravar-se significativamente se também sofrer de sinusite.
Os sintomas da rinite incluem espirros consecutivos, obstrução nasal, pingo no nariz, lágrimas, dificuldade em dormir e fadiga. Muitos fatores, entre os quais o pó, ácaros, pólen e pelos, podem desencadear a rinite.
Para diagnosticar corretamente a alergia, deve submeter-se a análises ao sangue e testes cutâneos. O tratamento pode passar pelo uso regular de anti-histamínicos e corticoides.
2. Alergias alimentares
Se não forem diagnosticadas e tratadas atempadamente, as alergias alimentares podem tornar-se bastante perigosas. Inicialmente, os sintomas incluem erupções cutâneas, náuseas, diarreia e urticária. No entanto, o grande problema é se a alergia ultrapassar esta fase e chegar ao quadro de reação anafilática. Nesta situação, a garganta pode ficar severamente inflamada, o que leva à paragem da respiração e, no pior dos cenários, à morte.
Na vasta maioria dos casos em que alguém acusa uma alergia alimentar, a causa é atribuída a alimentos como ovos, marisco e frutos secos. Entre estes, podemos destacar as nozes, as amêndoas e os amendoins. Ainda assim, este tipo de alergias pode também decorrer da ingestão de alimentos processados e aditivados.
Tal como ocorre com a rinite, o diagnóstico é efetuado através de exames sanguíneos e cutâneos. De igual forma, o tratamento consiste em anti-histamínicos e corticoides. Mas, para combater as alergias alimentares, pode ainda ser necessário o emprego da hormona da adrenalina, como forma de controlar a reação anafilática.
3. Eczema
Cerca de 10% da população portuguesa tem algum tipo de eczema. O valor é equivalente ao número de portugueses com asma. Contudo, aqui abordaremos um caso mais específico: o eczema de contacto. Certas substâncias químicas ou metálicas podem fazer com que desenvolva esta alergia. Se isso ocorrer, notará vermelhidão, comichão e/ou descamação na zona afetada.
Para proceder ao diagnóstico, costuma ser suficiente observar a região do eczema, embora se possa recorrer a testes de sensibilidade. Na maioria dos casos, o tratamento consiste simplesmente em evitar contactos futuros com a substância que despoletou o eczema. Quando isso não chega, a utilização de corticoides torna-se necessária.
Vacinas para as alergias: Sim ou não?
Já vimos, de grosso modo, como reconhecer e tratar três tipos de alergias bastante comuns. Mas nem sempre o tratamento apontado acima é suficiente. E se as suas reações alérgicas forem recorrentes e prejudicarem de forma significativa a sua qualidade de vida, deve recorrer às vacinas específicas?
Em condições normais, o nosso sistema imunitário protege-nos de ficarmos doentes em praticamente todas as ocasiões de contacto com agentes ameaçadores. Todavia, se as nossas defesas forem particularmente vulneráveis a determinadas substâncias, libertam anticorpos que, consequentemente, resultam numa alergia.
Recomendamos que opte por vacinas apenas se sofre frequentemente com sintomas que o desgastam e, naturalmente, mediante indicação do seu médico. O tratamento não é indicado para as alergias alimentares e beneficia, em especial, indivíduos com rinite, asma, conjuntivite e picadas de insetos.
Atuação e resultados do tratamento
As vacinas para as alergias são administradas em várias doses e contêm uma quantidade gradualmente maior da substância alergénica. O desfecho esperado é que, com o tempo, o seu organismo se torne menos sensível e mais tolerante.
Numa primeira fase, as vacinas são administradas, geralmente, até duas vezes por semana, durante três a seis meses. Na segunda e última fase, tomará uma dose a cada três ou quatro semanas. Para manter a eficiência do tratamento, continuará a ser acompanhado durante os cinco anos seguintes. Nesse período, o seu médico decidirá em que alturas deve reforçar a dose.
O sucesso do tratamento é variável, assim como o tempo que cada paciente leva a sentir os efeitos positivos. Porém, espera-se que os sintomas acabem por desaparecer totalmente ou em grande parte.
Faça deste o seu guia para compreender as alergias e saber como agir em cada situação. Se quiser aceder a mais conteúdos úteis na área da saúde, subscreva o nosso blog e fique a par de toda a informação. E visite-nos em Baião ou Santa Maria da Feira! Quer venha ter connosco ou leia os nossos artigos no conforto da sua casa, estamos sempre a cuidar de si.